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“O Futuro da Universidade” em debate pela Plataforma Cidades: “A Universidade e a Sociedade”

Escrito por em 21/09/2022

No dia 24 de setembro, a Plataforma Cidades promove o encontro “Quo Vadis Universidade”, o primeiro do ciclo de debates de “O Futuro da Universidade”. O evento terá lugar na Casa de São Sebastião, no nº. 42 da rua de Aveiro com o mesmo nome, entre as 10h00 e as 17h00.

A parte da manhã será reservada aos membros da Plataforma Cidades e a sessão da tarde, das 14h30 às 17h00, será aberta ao público, após inscrição para o email plataformacidades.op@gmail.com. O encontro será centrado nas intervenções e reflexões de António M. Feijó, Presidente da Fundação Calouste Gulbenkian (FCG) e de Paulo J. Ferreira, Reitor da Universidade de Aveiro (UA).

Para promover um encontro e um debate ativo e consciente, a Plataforma Cidades está a disponibilizar artigos de opinião sobre a temática.

O resumo do que defende António Feijó já foi oportunamente divulgado. Agora apresentamos o Resumo da Comunicação “A Universidade e a Sociedade”, pelo Prof. Doutor Paulo Jorge Ferreira, Reitor da Universidade de Aveiro.

Paulo Jorge Ferreira

Resumo da Comunicação “A Universidade e a Sociedade”

1.

Vivemos na época da especialização. As disciplinas do saber afunilaram-se e isolaram-se. Já não temos apenas as “duas culturas” do famoso ensaio de Snow; temos subculturas, que se multiplicaram e subdividiram, talvez para lá do razoável.

O que a mente humana produziu já não cabe na mente de ninguém. Por isso, vivemos na idade da especialização, em que muitos dos que tradicionalmente seriam apelidados de “sábios” poderão não o ser verdadeiramente. Podem conhecer profundamente uma área de atividade ou do saber — mas também podem desconhecer quase completamente o resto. Ortega y Gasset chamou-lhes “sábios-ignorantes”. Não se pode chamar ignorante a quem domina uma parcela importante do conhecimento; mas também não será totalmente sábio, se tiver os olhos fechados para tudo o resto.

Na idade do conhecimento, a sociedade e a cultura precisam tanto de síntese como de criação. Como deverão as universidades abordar o problema? Poderão evitar a especialização excessiva? Como se deverão organizar para lidar com a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade? Os tradicionais cursos e diplomas serão ainda suficientes e apropriados? Haverá soluções mais flexíveis? Os espaços e modelos de ensino serão ainda adequados? Em resumo — na idade do conhecimento, numa Europa que perde peso demográfico, económico e capacidade de inovação, como deverão as instituições de ensino superior moldar o futuro?

2.

Temos de tentar contribuir para aproximar a Universidade da Sociedade ou, se calhar, sobretudo o contrário.

Vamos ter agora o dinheiro que nunca tivemos e muitas das capacidades que sempre nos faltaram – e que não são ainda suficientes. Esta não é apenas a “hora deles” é, antes de mais a “nossa hora”: – a dos Cidadãos que se interessam e são parte do processo do nosso Crescimento Coletivo!

Pode partilhar a sua reflexão e opinião, sobre o que defende ou lhe pareça oportuno com a Plataforma Cidades, através do email plataformacidades.op@gmail.com.

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Fotos: Direitos Reservados
Publicado por: Irina Silva

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