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Variante Delta da Covid-19 leva especialistas a admitir quarta vaga e Governo a tomar medidas

Escrito por em 02/07/2021

O Governo discutiu, durante a tarde de ontem, a necessidade de aplicar novas medidas restritivas de combate à pandemia Covid-19. Para tal, foram ouvidos vários especialistas e médicos de saúde pública nos últimos dias.

De acordo com o Diário de Notícias (DN), foi equacionada a possibilidade de um novo confinamento, solução que não reuniu consenso nos profissionais de saúde e que foi adjetivada como o adiamento da solução do problema. Como alternativa, foram apontadas medidas como a intensificação da testagem e do rastreamento, a par da aceleração da vacinação contra a Covid-19.

Assim, em reunião do Conselho de Ministros, o Governo analisou a incidência da doença por concelho, reavaliando os níveis de desconfinamento e as medidas a adotar.

Já conhecida, continua preocupante a situação de Lisboa e Vale do Tejo, juntando-se-lhe agora a área do Grande Porto, onde se começa a assistir a um crescimento exponencial de população infetada.

Nelson Pereira, diretor da Unidade Autónoma de Gestão de Urgência e Medicina Intensiva do Centro Hospitalar Universitário de São João, afirmou, ao DN que neste momento “já não podemos negar que estamos numa quarta vaga, de características diferentes, mas real. É o momento de todas as estruturas se coordenarem e verificarem os seus planos de contingência”.

Os especialistas alertam ser fundamental continuar a evitar comportamentos de risco e respeitar as regras sanitárias básicas (utilização de máscara, distanciamento social e higienização das mãos), sendo urgente e necessário desconstruir a ideia de que “o pior já passou, já que a pandemia está longe de estar controlada.

Atualmente, a variante Delta, cuja origem está associada à Índia, bem como uma das suas mutações, a Delta Plus, já são consideradas as de maior risco de transmissibilidade e de maior gravidade em Portugal.

Ponderando todos os fatores, o Conselho de Ministros aprovou uma resolução que altera as medidas aplicáveis a determinados concelhos, tomando por base os dados disponíveis à data de 30 de junho:

  • Aplicam-se as medidas de risco muito elevado (+240 novas infeções por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias) aos concelhos de Albufeira, Almada, Amadora, Barreiro, Cascais, Constância, Lisboa, Loulé, Loures, Mafra, Mira, Moita, Odivelas, Oeiras, Olhão, Seixal, Sesimbra, Sintra e Sobral de Monte Agraço,
    Aplicam-se as medidas de risco elevado (+120 novas infeções por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias) aos concelhos de Alcochete, Alenquer, Arruda dos Vinhos, Avis, Braga, Castelo de Vide, Faro, Grândola, Lagoa, Lagos, Montijo, Odemira, Palmela, Paredes de Coura, Portimão, Porto, Rio Maior, Santarém, São Brás de Alportel, Sardoal, Setúbal, Silves, Sines, Sousel, Torres Vedras e Vila Franca de Xira,
  • Entram em alerta os municípios de Albergaria-a-Velha, Aveiro, Azambuja, Bombarral, Cartaxo, Idanha-a-Nova, Ílhavo, Lourinhã, Matosinhos, Mourão, Nazaré, Óbidos, Salvaterra de Magos, Santo Tirso, Trancoso, Trofa, Vagos, Viana do Alentejo, Vila Nova de Famalicão, Vila Nova de Gaia e Viseu,
  • Aos restantes municípios aplicam-se as regras da fase 1 do desconfinamento.

Numa tentativa de inverter a tendência de aumento dos contágios, foi decidido que nos concelhos de risco elevado e muito elevado os cidadãos se devem abster de circular em espaços e vias públicas, permanecendo nos seus domicílios no período compreendido entre as 23h00 e as 05h00.

Relativamente à Área Metropolitana de Lisboa foi decidido manter as restrições já em vigor. Assim, só será possível sair e entrar nessa região exibindo um teste negativo ou certificado digital que comprove a vacinação completa ou a recuperação da doença nos últimos seis meses. Esta limitação à livre circulação entrou em vigor ontem, sexta-feira, às 15h00 e será mantida até às 6h00 da próxima segunda-feira.

Situação epidemiológica do concelho de Ovar:

O acumulado de novos casos nos últimos 14 dias por 100 mil habitantes (considerando 55.400 cidadãos), aumentou para 67 no concelho de Ovar. Sem contrariar a tendência geral de aumento do número de casos, para já, o município permanece na fase de desconfinamento.

Salvador Malheiro, Presidente do executivo municipal, ao apresentar ontem os dados epidemiológicos do concelho, avançou com 31 pessoas infetadas com o SARS-CoV-2 (mais 7 novas infeções e nenhuma recuperação desde o dia anterior). Desses doentes, dois estão internados, um deles em Unidade de Cuidados Intensivos.

Relembramos as regras da fase 1 do desconfinamento, que continuam em vigor no município de Ovar:

  • Teletrabalho recomendado nas atividades que o permitam,
  • Restaurantes, cafés e pastelarias (máximo de 6 pessoas no interior ou 10 pessoas em esplanadas) até à meia-noite para admissão e 1h00 para encerramento,
  • Comércio com horário do respetivo licenciamento,
  • Transportes públicos com lotação de dois terços ou com a totalidade da lotação nos transportes que funcionem exclusivamente com lugares sentados,
  • Espetáculos culturais até à meia-noite,
  • Salas de espetáculos com lotação a 50%,
  • Espetáculos ao ar livre com lugares marcados e regras a definir pela DGS,
  • Escalões de formação e modalidades desportivas amadoras com lugares marcados e regras de acesso definidas pela DGS,
  • Recintos desportivos com 33% da lotação,
  • Fora de recintos aplicam-se regras a definir pela DGS.

Reveja a Conferência de Imprensa do Conselho de Ministros de 1 de Julho de 2021:

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Fotos: Direitos Reservados
Texto: Irina Silva

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